Com aquele atraso já tradicional que antecede o lançamento de qualquer produto de tecnologia no Brasil, enfim chega aos usuários brasileiros de Mac, iPhone, iPad e iPod o serviço de download de mídia digital iTunes Store, com músicas e filmes vendidos a partir de 99 centavos de dólar. O catálogo inicial da loja virtual de mídia da Apple já traz 20 milhões de itens, incluindo artistas brasileiros de renome como Ivete Sangalo, Caetano Veloso e a coleção completa do rei Roberto Carlos.

Não só o Brasil foi agraciado com o lançamento feito em dezembro de 2011: mais 15 países da América Latina foram contemplados com o iTunes. Todos esses usuários terão acesso aos serviços oferecidos pela loja, incluindo o iTunes Match, serviço que permite armazenar músicas na ‘nuvem’ (cloud computing) através de um Mac, iPod, iPhone ou iPad, ao custo anual de US$ 24,99.
Filmes por streaming
Quem é cinéfilo também não tem do que reclamar da iTunes Store brasileira: a Apple mantém acordo com os principais estúdios de Hollywood (20th Century Fox, Paramount, Warner, Sony, Universal, Disney) sendo possível comprar ou alugar os mais variados títulos do cinema, boa parte em HD, a preços módicos.
E o download alternativo?
Tudo muito legal, mas será que os donos dos gadgets da Apple serão atraídos pelas benesses da iTunes Store brasileira? Vamos analisar a situação sob uma ótica realista: 99 centavos de dólar dá, mais ou menos, 1,80 real por música baixada na iTunes Store (cotação de dezembro de 2011). Digamos que a pessoa queira baixar todo o álbum do artista, considerando a média de 12 faixas em cada álbum. No total, ele vai desembolsar um total de 21,60 reais, preço na média de um defasado CD comum ainda comprável em algumas lojas. E ainda tenho uma listinha básica para apresentar à Apple:
- Rapidshare
- uTorrent
- Megaupload
- Dreamule
- 4Shared
Esses são alguns dos sites e serviços de compartilhamento de arquivos que qualquer pessoa com acesso a intenet conhece. Praticamente qualquer música já gravada pode ser encontrada nestes serviços, sem que o usuário tenha que desembolsar um centavo por elas. Acostumados que são com essa facilidade, mesmo os usuários brasileiros de produtos Apple costumam baixar conteúdos digitais por meios não oficiais, pois quase nada impede um gadget da Apple rodar esses arquivos (nada que um jailbreak não resolva).
Por outro lado, existe um mercado imenso para o iTunes Store no Brasil, de gente que faz questão de ter um arquivo bonitinho, baixado de uma fonte confiável, livre de bugs ou trojans. Resta ver como será o comportamento do consumidor em relação a esssa novidade da Apple, mas creio que exista espaço para o download pago conviver sem problemas com as formas mais tradicionais de aquisição de músicas e filmes.
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