BBB8: Entrevista com Boninho (G1)

jan 8, 2008 | Pop | 4 Comentários

BBB8: Boninho

Saiu no portal G1, uma entrevista com o produtor do BBB J.B. de Oliveira, o Boninho. É bastante interessante ler a entrevista para entender um pouco dos bastidores e desmistificar o mito Big Brother.

G1 – Gostaria de saber sobre a seleção desses 14 candidatos. Você disse: “Montamos um time e a cada ano o time é diferente”. O que, na sua opinião, esse time tem de diferente dos anteriores?
Boninho – Tudo. Personalidade, individualidade, não existe uma pessoa igual a outra. Estamos na oitava edição e cada uma teve sua particularidade, cada programa foi completamente diferente do outro.

G1 – Esses candidatos são, provavelmente, os mais “famosos” já escolhidos. Muitos já trabalharam como modelo, fizeram fotos, desfiles, apareceram em programas de TV. Acha que esse tipo de experiência pode favorecer o programa?
Boninho – Famosos, quem? Pessoalmente não conhecia ninguém. O fato de fazer uma ponta numa novela, ser filho de alguém ou até mesmo ser musa de um time de futebol não deixa ninguém famoso. O BBB tem tanta força que, ao anunciar os participantes, eles já se tornam famosos.

G1 – A escolha de pessoas bonitas continua sendo importante, do seu ponto de vista? Acha que isso pode motivar romances dentro da casa? É isso que o espectador continua esperando, depois de sete anos de “BBB”?
Boninho – Não temos como incentivar nenhuma ação na casa. Tudo o que acontece é espontâneo, apenas seguimos as histórias e contamos de forma divertida para o espectador.

G1 – Já se fala sobre uma competidora homossexual. Há, de fato, algum concorrente gay nesta edição? Isso influenciou na seleção de alguma forma? Você avaliaram que seria interessante ter um participante homossexual no jogo ou pouco importa?
Boninho – Pouco importa. Não usamos a orientação sexual de um participante como estratégia de ibope. Quando escolhemos o time, pensamos em como eles irão reagir uns com os outros, como isso vai pegar fogo, e aí sim, que essa reação vai dar audiência.

G1 – Você acha que o formato do “BBB” tem ou deve ter alguma semelhança com o de uma novela?

Boninho – O formato é de um reality show. A edição, sim, tem elementos de humor e brinca com o tom dramatúrgico brasileiro.

G1 – Nesta edição, a mecânica do jogo foi alterada, com novos dias para cada tarefa/evento e mais programas ao vivo. Em que foi baseada essa decisão e o que vocês esperam com essas mudanças?
Boninho- Queremos esquentar o jogo e dar ao telespectador mais espiadas ao vivo.

G1 – No ano passado, você chegou a se afastar por um tempo do programa, devido ao excesso de trabalho. Como está encarando essa oitava edição? Imagino que o trabalho tenha sido ainda maior desde o início, com a abertura de inscrições pelo site.
Boninho – Nunca me afastei do “BBB”! Neste ano o trabalho começou mais cedo, porque, além das fitas enviadas por correio, olhávamos os perfis no site. Mas me diverti muito, enviei a maioria dos post do blog e respondia a todos. Foi muito bom comandar uma parte da seleção como o “blogueiro do site”, sem que os participantes imaginassem com que estavam falando.

G1 – Na última edição, em entrevista com Pedro Bial, ele disse que adorava “Big Brother”, que era viciado e assistia todos os dias, não apenas pelo trabalho. Como é a sua relação com o programa?
Boninho – A mesma. Adoro o programa, estou sempre ligado ao que está acontecendo na casa.

G1 – Poucos programas no mundo conseguem chegar à sua oitava temporada. Qual é a fórmula do sucesso do “Big Brother Brasil”? O que o formato brasileiro tem que os de outros países não?
Boninho – Uma equipe criativa que se dedica 100%. Um formato bem-humorado, com toques de dramaturgia, que trata o programa como um jogo divertido e não como um experimento.

G1 – Assim que os candidatos desta oitava edição foram divulgados, já pipocaram na internet informações sobre eles, sites e comunidades defendendo cada um. Os fãs do programa já têm certa intimidade com os competidores. O que podem esperar do oitavo “BBB”?
Boninho – Posso falar o que nós esperamos: o inesperado. Somos captadores de histórias e queremos ver romance, decepção, tensão…

Publicamos a entrevista, mas se quiser ver a matéria completa, clique aqui e entre no site G1.

Encontramos também outra entrevista, dessa vez para a Folha Online em março de 2002:

Folha Online – Qual o objetivo do “Big Brother Brasil”? Ele foi alcançado?

J.B. de Oliveira – Esse tipo de programa leva para a televisão um misto de voyeurismo, laboratório, exibicionismo e curiosidade. O telespectador cria uma certa afinidade e, mais rápido que possa perceber, acaba tomando uma posição que pode ser positiva ou negativa, mas ele vai até o final para ver no que vai dar.

Tivemos muitas dificuldades para implantar o projeto em um curto espaço de tempo, mas nosso saldo foi superpositivo. O programa é um sucesso e continuamos trabalhando muito para melhorar e entender como contar essa história. Os participantes já cativaram alguns e conseguiram despertar o ódio de outros. Retratar essas pessoas, captar essa loucura durante 24 horas por dia e conseguir fazer com que o telespectador consiga acompanhar o que acontece dentro da casa é o nosso desafio. O Big Brother Brasil é um sucesso de audiência e seu modelo de exibição atual é bem claro.

Renato R. Miranda/Divulgação TV Globo
O diretor J.B. de Oliveira, o Boninho, na edição do “BBB”

Folha Online – O programa alavancou a audiência no horário e venceu duas vezes, em confronto direto, o concorrente, “Casa dos Artistas”, do SBT, que tem formato semelhante. Na sua opinião, o que leva o espectador a “espiar” pelas lentes do “Big Brother”?

Boninho – No início eram 12 desconhecidos, hoje estamos com apenas sete figuras que boa parte do Brasil conhece. Tivemos um pedido de deportação, brigas, intrigas, porres e muitas risadas. Uma de nossas participantes tirou a roupa para uma revista e foi descoberta por internautas, outra fez um filme pouco educativo, que já está rodando por aí. Falamos de bulimia, mostramos a explosão de criatividade de um artista plástico, que para muitos é o “demo” do programa.

Nossa censura eletrônica para os palavrões que rodaram solto, um apito sonoro que faz “pi”, virou gíria da galera. A nossa equipe, com mais de cem pessoas, praticamente mora do lado da casa. Muita gente assiste e fala mal, mas muita gente assiste e adora.

A audiência confirma o nosso sucesso e a expectativa é que muito caso ainda vai acontecer. Já tivemos uma rainha louca e a conhecida panelinha do quarto azul. Estamos exibindo o que esse tipo de produto propõe: 12 figuras que aceitaram ficar confinados em uma casa, dispostos a tudo, por um prêmio de meio milhão de reais. Temos o Brasil curioso para ver quem vai chegar lá e quem a gente vai poder torpedear.

Folha Online – Qual é a fórmula que o “Big Brother” usa para combater a concorrência? Você acha que a fórmula explorada pelo SBT, de apresentar como é a vida de artistas trancados em uma casa, pode “seduzir” a Globo para um próximo programa?

Boninho – A “Casa” copiou parte do formato do Big Brother e isso é muito ruim. Os direitos deveriam ser respeitados, mas não existe essa lei no Brasil. O BBB é um formato estudado e aprimorado pela Endemol, totalmente diferente do programa do SBT, que se utilizou apenas do conceito básico. O BBB já tem uma fórmula que deu certo. Além disso, prevalece o respeito pelo telespectador. Quando ele assiste ao programa, sabe o que vai ver e como vai acontecer. Regras de votação, imunidade e comportamento são transparentes.

Folha Online – O programa já teve baixarias como a Cristiana fazendo xixi na piscina, os participantes “pegando pesado” nas brigas e muitos palavrões. O que pode e o que não pode na TV, na sua opinião?

Boninho – A regra básica do programa é o relacionamento humano, não interferimos nem censuramos. Mas o participante não pode cometer um caso de violência ou agressão, como o que ocorreu no programa americano. Isso implicaria expulsão. Ele não pode fazer nenhum ato que ponha em risco o ambiente ou um dos participantes. Quanto aos palavrões, utilizamos o efeito “pi”, que já virou gíria nacional.

A “baixaria” da participante Cristiana foi exibida somente no cabo, onde não temos controle, mas o canal é pago e restrito. Já na TV aberta, seguimos o conceito editorial da Rede Globo de Televisão. As regras do jogo são claras e os participantes têm conhecimento sobre isso, eles são maiores e responsáveis. Isso não quer dizer que aprovamos e exibiremos tudo que eles fazem.

Folha Online – Qual a principal diferença do “Big Brother Brasil” com o de outros países? Aqui, percebemos que há uma preocupação em formar grupos e estabelecer a permanência no programa, fazer conchavos, algo que não era apresentado de maneira tão evidente nos outros países.

Boninho – O formato original foi “tropicalizado”. Tivemos tempo para ver a maioria dos programas já realizados e, baseados nas regras originais, fizemos nossas adaptações. O espaço externo foi praticamente dobrado em relação aos implantados em todo o mundo para dar um “ar” a mais.

Mas a essência do perfil dos participantes é mais forte que as adaptações. O quarto do líder é um exemplo. O que deveria ser disputado, como o ambiente de status da casa, foi “doado” para o primeiro casal de pombinhos se divertir. Não podemos controlar como eles agem. Os conchavos e a formação dos grupos partiu deles. Pode ser que seja uma característica do brasileiro. Esse tipo de produto, “reality show”, gera muita repercussão e controvérsia.

Folha Online – Até que ponto a produção influencia no relacionamento dos participantes dentro da casa? No início, os participantes viviam falando seu nome e pedindo para falar com a produção.

Boninho – A produção não interfere no relacionamento entre os participantes. A produção acompanha o programa 24 horas por dia. Existem algumas funções de rotina, como trocar os microfones ou passar a instrução para alguma prova, que são dadas pelo serviço de som geral. Isso dá margem para que os participantes tentem se comunicar conosco, com a produção, mas não existe retorno. Raramente eles falaram o meu nome.

A voz do sistema de sonorização geral foi apelidada por eles de “Big God” (Grande Deus), mas muitas vezes é outro diretor que dá os comandos. A confusão é tão grande em relação à minha presença e à minha voz, que a Leca já comentou várias vezes, entre eles, que eu devo permanecer monitorando a casa por mais de vinte e quatro horas. Já no confessionário, podemos administrar as tensões dos participantes, que têm entrevistas diárias. Mesmo assim, temos o cuidado para não induzir ou interferir com o que acontece dentro da casa. Eles são imprevisíveis.

Para ver a matéria completa, clique aqui.

4 Comentários

  1. pamela rangel

    eu men pergunto,porque a produção da globo não tirou alguem do povo.so duas pessoas,tinha tantos bons,como nubio,o sapinho sepetiba voces deram um tiro no escuro,tanto que dois ja sairam, voces tem que olhar não e por que aquela pessoa morou no outro pais outro fez isso outro fez aquilo nen tudo se baseia so nisso eles tiveram sorte de vijar de estudar em um bom colegio e dai,pois realmente a visão que tenho so dois que voces acertaraboa sorte para todos

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  2. dhennefer canuto

    AI PESSOAL ESTOU AQUI PARA DAR A MINHA SUGESTÃO SE VALER NE,VOCES REALMENTE DERAM UM TIRO NO ESCURO, REDE GLOBO BONINHO QUE E UMA PESSOA DE TOTAL VISÃO ESTOU DE BOCA ABERTA DOIS JA JOGOU CHAPEU NÃO ERA ELES QUE BRASIL E ESSE A GLOBO NÃO E A FADA MADRINHA DO POVO E CADE ESTOU TRISTE TANTOS TALRNTOS COMO SAPINHO SEPETIBA E PELADONA NA REDE SO CAIU PESSOS DA MÍDIA SEJAM FELIZ

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  3. tayone

    quero ver o bbb de graça

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